A ajuda – Conversas com Bert Hellinger

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“Conversas com Bert Hellinger” é uma série de postagens no nosso blog na qual publicamos textos e trechos de livros do autor, que é o pai das constelações familiares. Nós compreendemos que o trabalho sistêmico com líderes, equipes e organizações tem como base as Leis da Vida, compreendidas por Hellinger nas suas obras. Assim, nós entendemos que servir às organizações é, antes de tudo, servir às pessoas e nos conectarmos com suas dores, alegrias, dificuldades e desafios.

O desempenho organizacional está diretamente relacionado à qualidade das relações humanas. Por isso, nós acreditamos nas constelações como um meio para encontrar o equilíbrio, para entender o nosso lugar na vida e na carreira e para desenvolver uma postura que nos leve em direção ao nosso sucesso pleno. Esperamos que os textos de Bert Hellinger aqui compartilhados toquem o seu coração, assim como tocaram o nosso, e possam lhe ajudar a compreender melhor a visão sistêmica, a partir da sua fonte.

 

A ajuda – Por Bert Hellinger

Ajudar é perigoso, pois pode ser uma intervenção no movimento de uma outra alma e pode perturbar esse movimento. Portanto, quando desejo ajudar, devo primeiro entrar em harmonia com a alma do outro e aguardar que a sua alma entre em harmonia com a minha, até que ambas estejam na mesma vibração. Então, posso conduzi-lo em harmonia com a minha alma e com a dele, somente como acompanhante de sua alma e somente até onde a sua alma e a minha permitirem.

Quando ajudo, posso sentir se estou em harmonia com minha alma se durante a ajuda puder estar absolutamente calmo e puder parar a qualquer momento. Quando avanço em demasia, percebo que minha alma se retrai, que ela fica irrequieta, que começo a pensar, ao invés de agir. Então, não estou mais em harmonia com minha alma nem em harmonia com a alma do outro.
Quando o outro ficar irrequieto, sei que ele também não está em harmonia com a sua alma. Então, paro imediatamente.

Às vezes, quando quero ou preciso ajudar alguém, quando as circunstâncias me obrigam inexoravelmente, percebo que devo empreender passos que são perigosos e, para isso, é necessário coragem. Esses passos são perigosos à medida que sei que uma outra pessoa que está presente, porém que não está em harmonia com a sua alma, possa mais tarde me repreender, talvez até me acusar, porque estou fazendo algo que ele(a) julga ser errado, apesar de ele(a) mesmo(a) não se comprometer com o que o cliente necessita e quer. Então talvez comece uma disputa de poder comigo à custa do cliente e sacrifique o bem do cliente à sua concepção. Frequentemente encontramos isso naquelas pessoas que pertencem a uma escola específica e que constroem suas teorias, em parte, sobre dogmas. Então exigem de mim que compartilhe desses dogmas e os siga, apesar da realidade imediata não o justificar.

Portanto, por um lado o ajudar necessita da harmonia e, por outro, da coragem. Necessita também da prontidão para interromper onde a harmonia cessar, pois não sabemos o que é apropriado para cada indivíduo. Quando a harmonia cessa, a ajuda também deve cessar. Então, desistimos do ajudar.

Quando me sinto responsável por alguém depois de tê-lo ajudado, dentro dos limites que ressaltei, passo a exercer um papel que não me cabe. De repente sou para ele pai ou mãe, talvez entre em concorrência com seu pai e com sua mãe e, com isso fico, paralisado.

Portanto, a ajuda também deve estar em harmonia com o pai, a mãe e a família. Dentro desse contexto o ajudar não atinge somente o cliente: atinge também sua família e, através da harmonia com sua família, ganha uma força especial.

 

Aforismos: Ajudar

A ajuda é silenciosa.
Compaixão quer dizer suportar o que o outro sofre.
Às vezes a doença espera pela terapia.
Assim que estivermos orientados para soluções, chegamos à meta mesmo por desvios.
Às vezes a doença vai embora — quando permanecemos.
O desenvolvimento é inevitável.
Pode consolar quem se tomou igual.
O que é correto não tem pressa.

Texto extraído do livro “Liberados somos concluídos”. 

 

Recado da Ana e da Letícia

Escolhemos este trecho para compartilhar com você pois esta é uma das grandes contribuições que o pensamento sistêmico de Bert Hellinger, criador das constelações familiares nos traz:
Sermos capazes de olhar para cada pessoa e ver além dela, o seu destino. Quando olhamos para alguém a partir deste lugar, conseguimos também ver todas as possibilidades e recursos que ela tem e acompanhá-la em seu próprio desenvolvimento. Esta é a boa ajuda.
Já quando achamos que nós podemos dar para o outro, algo que só ele pode desenvolver, nos colocamos em lugar de “arrogância”, que acaba por enfraquecer o outro.

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